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Por uma Cultura da Vocação
Olá gente amiga da Revista “Nós Irmãos”, é com alegria que venho mais uma vez partilhar com vocês os passos da Pastoral Vocacional. Começarei lembrando julho quando realizamos na região I da nossa diocese as semanas missionárias vocacionais, foram dias muito marcantes para as paróquias de Xapuri, Brasiléia e Epitaciolândia, nós contamos com a ajuda da pastoral vocacional paroquial, dos seminaristas estudantes de teologia, da comissão missionária do Jubileu diocesano, do Pe. Ananias e claro o envolvimento dos padres, religiosas, e do povo em cada paróquia.
Nosso público alvo foi a juventude para dar-lhes oportunidade de refletir sobre a vocação, confesso que esse objetivo não foi alcançado da maneira que sonhamos, mas temos uma memória agradecida por tudo que aconteceu já que foi uma experiência pioneira na diocese, ao menos nesse modelo e com esse objetivo, então me uno aos seminaristas e aos demais que participaram do projeto para dizer foi um sucesso!
Agosto o mês vocacional foi marcado pelo lançamento em nível de paróquia da campanha vocacional com encontros específicos para a juventude, começamos por Boca do Acre, passamos na área Missionária Sagrado Coração, com as irmãs Josefinas e Pe. Valdênio, em Nova California, Capixaba, Área Missionária Bom Pastor, Transacreana, Extrema, e outras paróquias do interior e da capital.  Aos poucos as paróquias, vão assumindo a proposta, mas é preciso mais empenho e criatividade por parte de todos, está mais do que na hora de pensarmos seriamente que não somos eternos ou insubstituíveis.
Tenho refletido com os jovens a seguinte frase: “Jovem é preciso ouvir a voz de Deus em meio a muitas outras vozes” e ainda da necessidade de mostrar aos jovens e aos pais que uma cultura vocacional não se concilia com a inversão de valores que notamos hoje. Os pais e os educadores costumam “inconscientemente” inculcarem nos jovens a preocupação de “Ter” coisas, prestigio, posição vantajosa sobre os outros, mas esquecem que “Ser” uma pessoa feliz, realizada, comprometida é tão importante, e muito mas gratificante desde que a pessoa  se realize na sua vocação.
  Aprendemos  com essas andanças que é preciso ir adaptando a proposta da pastoral vocacional à realidade pastoral de cada comunidade, de modo que já sentimos que é preciso intensificar o apostolado junto à juventude, o Setor Juventude precisa avançar enquanto projeto, pois ele contribui e muito para a pastoral vocacional, apontando sempre para uma dinâmica de comunhão e participação, o futuro de nossa diocese vai depender sempre dos jovens que amanhã serão as lideranças.
 Termino dizendo nunca julgue uma vocação ou uma profissão pelas aparências. Todas elas trazem aborrecimentos e problemas; todas exigem renúncia, todas têm seus cinco minutos de inferno. Mas também é verdade que todas têm seu céu e suas alegrias. O parto doloroso da mulher que se torna mãe; as renúncias diárias de marido e mulher, de pai e mãe; de filhos, de namorados, de estudantes; de professores; as renúncias naturais da profissão; tudo isso tem sentido quando se vê uma vocação pela ótica do que realiza e não apenas do que exige de sofrimento. Afirmo citando um antigo formador Pe. Dalton Barros:  “é sempre bom saber que Deus nos fez livre e ainda filhos, por tanto Ele nos acompanha nas nossas re-decisões”.
Paz e Bem no Redentor!